[MEDICINA] REALIDADE VIRTUAL NO TRANSPLANTE DE CABEÇAS

O controverso doutor que transplanta cabeças, Sergio Canavero, está desenvolvendo um sistema baseado em realidade virtual (VR) para ajudar seus pacientes. Por trás deste ambicioso projeto, está a Inventum Bioengineering Technologies, uma empresa de Chicago, Estados Unidos. "Estamos combinando os mais recentes avanços na realidade virtual, para desenvolver o primeiro protocolo do mundo na preparação do paciente para a liberdade corporal após o procedimento de transplante", disse Alexander Pavlovcik, chefe executivo da Inventum, em entrevista ao Daily Mail.
 Porém, ainda que a experiência seja bem sucedida, é importante deixar claro que há possibilidade de reações psicológicas adversas. O objetivo do sistema de realidade virtual é fazer o paciente se readaptar com a sensação de estar em um novo corpo, e sendo capaz de andar. O paciente passará por alguns meses de treinamento antes da cirurgia. Mas assim como as técnicas cirúrgicas de Canavero, os detalhes desta experiência em realidade virtual também não são muito claros. Aqui está um vídeo promocional igualmente misterioso e sinistro: 



 Valery Spiridonov, que sofre da doença de Werdnig-Hoffmann, se ofereceu para ser o primeiro a receber um transplante de cabeça. Spiridonov é Diretor em uma empresa de softwares educacionais na Rússia. "Como cientista de computador, estou extremamente certo de que é uma tecnologia essencial para o projeto Heaven", ele diz. O projeto Heaven é um nome bastante...peculiar, digamos: "HEad Anastomosis VENture" (algo como "risco de anastomosis", um evento causado pelo cruzamento de fibras e conexões.
 Até agora, o Dr. Canavero é veemente em afirmar que obteve sucesso com vários animais, incluindo um cão, que foi capaz de andar novamente depois de ter sua medula espinhal reatada.
 A comunidade médica tem sido cética do projeto. E o fato de Canavero compartilhar pouca coisa também não ajuda. O primeiro procedimento está previsto para ocorrer em 2017, na China.
 Michael Sarr, editor-chefe da American edical Journal Surgery, disse que acha o procedimento possível, mas ainda é cético. "Quando você transplanta uma cabeça para um corpo, você conecta um cordão espinhal, ossos, músculos, esôfago, artérias, veias, também vários outros nervos ao longo do tubo de deglutição. Cada um tem suas próprias complicações e não são insignificantes. As complicações também são maiores."

[Daily Mail]

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